terça-feira, julho 24, 2007

...

Andava eu pelos meus "canhanhos" e deparei me com este texto.

Ver claro

Toda a poesia é luminosa, até
a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol, nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar
outra vez e outra vez
e outra vez
a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar.

Eugénio de Andrade, Os Sulcos da Sede.

5 Comments:

Blogger Escondida em mim said...

Lindo e verdadeiro este poema!

Um beijo...escondido em mim!

24 julho, 2007 13:00  
Blogger [Ariana Aragão] said...

Devias estar aqui rente aos meus lábios
para dividir contigo esta amargura
dos meus dias partidos um a um


Eugénio de Andrade

24 julho, 2007 15:25  
Blogger Seamoon said...

é bem verdade,já me aconteceu ler o mesmo livro 3 vezes e dessas 3 tive sensações e sentimentos completamente diferentes...é assim mesmo, uns dias sol,outros nevoeiro.
mil jinhos salgaditos.

24 julho, 2007 15:40  
Blogger Rosa said...

Canhanhos?! Canhanhos?! [É melhor nem perguntar...]
Kiss.

24 julho, 2007 18:53  
Blogger Anna^ said...

Eu não sou tão discreta quanto a Rosa,por isso lá vai:"o que raio são canhanhos???????" Para quem não sabe o que é um trengo,esta dos canhanhos vem de carrinho! ahahahahah

beijo

25 julho, 2007 11:11  

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