segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Em conversa...

...com uma amiga minha, ela diz-me, "Eu sinto me bem com ele, gosto muito de estar com ele, preenche-me...e tudo e tudo, mas", e o mas é que estraga sempre tudo...:))))))), ".. Eu quero sentir o que já senti uma vez, com aquela intensidade, se não for aquele sentimento não quero..".
Perguntei-lhe se não achava que era uma visão um pouco limitada do que é o amor e do que é amar, se não estaria à procura de algo que não se pode repetir, pelo facto de simplesmente ser diferente. Na minha opinião o amor é algo que passa por uma construção diária.
Lembrei-me então das palavras semelhantes de uma pessoa que se cruzou na minha vida, que eram exactamente estas, "Se for para não sentir o mesmo, eu não quero...prefiro ficar sempre assim", eu na altura pensei, que ela não estaria a dar uma oportunidade a si propria, que se estava a fechar, numa carapaça mais forte que a de um caranguejo.
Na minha opinião esta minha amiga fechou-se para o mundo e para os sentimentos, não sei se com medo de sentir, se com medo de sofrer, ou talvez ambos. De qualquer maneira penso sempre que tem a legitimidade pra o fazer, pois cada um escolhe o seu caminho.
Fez-me tambem lembrar que, da mesma maneira que muitos homens ou mulheres procuram durante toda a vida o par perfeito(Utópico), tambem existem pessoas que simplesmente passam a vida à espera que um sentimento se repita.
Acredito que o sentimento pode existir, mas sob uma forma diferente e não da mesma maneira.

26 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Não acredito que um sentimento se repita. Há sempre "coisas" diferentes.
E também não queria que fosse sempre igual.

27 fevereiro, 2007 08:52  
Blogger Xuinha Foguetão said...

Este comentário foi removido pelo autor.

27 fevereiro, 2007 12:12  
Blogger Xuinha Foguetão said...

Acho que os sentimentos não se repetem...
Mas às vezes as pessoas ficam presas a sentimentos passados.

E se a tua amiga colocou esse "mas" é porque talvez ele não seja o tal.

Quando encontrar o tal, todos os sentimentos anteriores lhe vão parecer diferentes.
E ela vai perceber o quanto tola foi por não ter acreditado.

E acho que o amor tem de ser mais do que uma contrução diária... tem de nascer especial.

Beijos

27 fevereiro, 2007 12:13  
Blogger [Ariana Aragão] said...

Isto do amor é uma coisa tramada, não é?

Passamos a vida a pensar nele, mesmo quando o vivemos!...

E porque não existem duas pessoas iguais, duas mentes iguais ou dois amores iguais, o importante é a construção, a evolução de uma relação, seja ela qual for.

Para conhecermos melhor o outro e sobretudo, para nos conhecermos melhor por dentro, lá bem fundo, onde as palavras às vezes não fazem sentido!...

27 fevereiro, 2007 12:46  
Blogger pp said...

Particula, pois, se fosse sempre igual seria facil de lidar, até poderiamos arranjar um manual :))))

Xu,
na minha opinião as pessoas não ficam presas, prendem-se. Quanto ao tal, como é que temos a garantia que um grande amor não pode surgir de uma boa amizade. Porque é que tem que haver aquele "xarã" ao virar da esquina...ou até pode surgir de uma paixão menos intensa do que outras tidas em determinadas alturas da nossa vida.
Que coerencia existe quando não se tem nada a apontar quando é tudo saudavel, ou tudo bom(uma maneira de falar), e a unica desculpa é que o sentimento não é igual a um que já viveu.
Quanto á questão do nascer especial, se calhar é não sei!
Beijos

Ariana Luna,
ui ui...mete tramada nisso :)))
Concordo com o teu ponto de vista, exactamente, se calhar a nossa(ser humano) dificuldade está em não saber lidar com as coisas que não fazem sentido.
Beijinho

27 fevereiro, 2007 14:59  
Blogger Moon said...

Hello!
Estive ali a ouvir o Michael Bublé - Home...
Hum.... Gostei!:)

PP,
acredita, quando se ama sentimos-nos em Home!
E acredito piamente no que canta o André Sardet: "Nasce sem se ver"...

27 fevereiro, 2007 22:44  
Blogger Xuinha Foguetão said...

P,

não há garantias de nada!
Tem de se sentir...
E eu não disse que tinha de existir um xarã ao virar da esquina.
Acho que quando se ama, n existe coerência.
Apenas se sente.
Sente-se o suficiente para soltar amarras e para seguir em frente sem sentir perda de sentimentos passados.

Beijo

28 fevereiro, 2007 15:02  
Blogger Xuinha Foguetão said...

E cada caso é um caso.
Nada se repete.
As pessoas são unas e os sentimentos e a forma de sentir tb.
;)

28 fevereiro, 2007 15:03  
Blogger pp said...

Xu,
eu acho que percebo o que tu dizes, mas acho tambem que é mais do que isso, pois se calhar só se consegue sentir se as pessoas se conhecerem bem a si proprias...para se conseguirem libertar das armadilhas do cerebro e das vivencias, medos, das inseguranças, etc, etc, por forma a interpertar com clareza as suas emoções...digo eu.
Beijos e espero que estejas melhor

28 fevereiro, 2007 15:17  
Blogger Rosa said...

"Too many people take second best
But I won't take anything less
It's got to be pertect"

Quem sabe, sabe, e os Fairground Attraction é que sabem.

Beijo :)*

P.S: O "perfect" não é utópico, porque não é absoluto. Constrói-se na relatividade do equilíbrio entre o que um quer e o que o outro tem para dar.

28 fevereiro, 2007 15:38  
Blogger Xuinha Foguetão said...

P,

nem toda a gente tem dificuldade em se conhecer a si próprio.
Muita gente sente-se bem com ela mesma...
Acho que esse é mais um exercício de quem está só do que de quem está bem acompanhado.

A partir daí, basta sentir.
E deixar os sentimentos fluir.

Estou melhor sim. Obrigada

28 fevereiro, 2007 15:46  
Blogger pp said...

Rosinha, explica-me melhor essa tua ideia, como se fosse muito burro...
:)* Bijou

Xu,
não concordo, acho que não tem nada a ver com o facto de estar só ou bem acompanhado...
Beijos

28 fevereiro, 2007 15:52  
Blogger pp said...

Rosinha,
o Jorge Palma tambem diz assim:
"reduz as necessidades se queres passar bem".

28 fevereiro, 2007 16:08  
Blogger Rosa said...

PP,
Não há uma definição absoluta de "perfeito". O que faz de um homem ou uma mulher perfeitos (e sim, eu não me contento com menos que isso)são características relativas. O que é perfeito para mim, não o é para ti, nem para a minha amiga X ou Y. Ou seja, [agora passando àquela parte de como se fosses muito burro] o meu homem perfeito tem montes de imperfeições... Got it?

Sim, sim. O Palma diz isso, e também bebe até cair para o lado, e consome substâncias menos recomendáveis a uma mente sã, e tal... :Þ

28 fevereiro, 2007 16:25  
Blogger pp said...

Rosinha,
pois ok, agora compreendi e concordo, é essa a minha ideia. O conceito de perfeição não é absoluto, é relativo a cada pessoa e à sua noção de perfeito e assim sendo, tem a ver com o que cada um tem capacidade de dar e receber, concordo, é um facto.
Mas não tentar porquê?Bem sei que podem haver coisas que tornam a "coisa" incompativel à partida, mas são identificaveis, ou não?
Yes!

O homem se calhar é feliz, já pensaste?Estas a descriminar... :P
:)* beso

28 fevereiro, 2007 16:57  
Blogger Raquel Santos said...

passei aqui através da amiga ariana luna e decidi opinar pq gostei do tema

o par perfeito, utópico como descreves, pode ser aquele com quem nós mtas x discordamos, aquele que nem sempre é perfeito, aquele pelo qual não sentimos a adrenalina no máximo, talvez menos intenso do que outos passados, mas é sem dúvida aquele que nos preenche e nos sentimos realizadas... mais nada! não existem 2 amores iguais pq não existem 2 pessoas iguais. Apreender a viver cada amor e construi-lo é AMAR

bjs
prometo voltar

28 fevereiro, 2007 17:28  
Blogger pp said...

Raquel, e fizeste tu muito bem :)), és bem vida a esta humilde casa.

Pois, se calhar é :)...gostei especialmente da tua ultima frase.

bjs e olha que o prometido é de vidro.

28 fevereiro, 2007 18:11  
Anonymous Anónimo said...

PP,

Amor...amor...amor...quantas pessoas tentam descrever esse sentimento muitas vezes vivido escondido no coração de cada um de nós...tantos que o buscam uma vida inteira e outros que o vivem toda uma vida!

O Amor nasce sem sabermos como e nem porquê?Nunca vos aconteceu perguntar porquê ele?E buscamos essa resposta e nunca a
sabemos!

Apaixonamo-nos por um sorriso, por um gesto, um olhar profundo...mas acho que só se ama uma vez na vida verdadeiramente.

Amor é paixão...loucura...sedução...carinho...entrega total...companheirismo, cumplicidade...viver um grande amor o amor da nossa vida não tem palavras...

E quando se ama mesmo não há aquele mas...ou amas ou não!

Bjs:**

28 fevereiro, 2007 22:37  
Blogger anónimo said...

PP:
queres que te diga uma coisa?
Olha, "num" te digo nada!

28 fevereiro, 2007 23:05  
Anonymous Anónimo said...

Há uma palavra muito acertada neste teu texto: "construção".

02 março, 2007 08:59  
Blogger Cláudia said...

Olá... vim aqui dar ao teu blog... já nem sei bem como :)
Depois de o ter lido (não todo, mas grande parte), parei neste post.
Sinto exactamente o mesmo que a tua amiga sente.
Muita gente me diz:
"ah e tal, já tá na altura de arranjares um namorado".
EU tenho medo de estar a ser muito exigente comigo mesma e com quem me rodeia.
Também preciso de sentir algo mais.
Preciso de sentir o arrepio na espinha sempre que penso, contar os dias, horas, minutos e segundos.
Preciso parar, e pensar :" o que é que ele estará a fazer".
PReciso de olhar para qualquer coisa, e fazer-me lembrar a pessoa.
Também já pensei, será que alguma vez vou sentir isto?
Será que não estou a abrir o meu coração e deixar soltar os sentimentos?
Não sei.
Uma coisa sei, prefiro ficar sozinha do que me acomodar a alguém, só porque sim.

Tenho pena que muita gente não compreenda este meu ponto de vista, e tenho pena que mt gente diga que estou a ser exigente demais.
Mas se é para "ficar toda a vida" que seja com alguém que eu realmente goste.

Desculpa esta invasão, desculpa este testamento.
Mas há uns dias tive a falar com uma amiga sobre este assunto.

Beijo

22 março, 2007 21:55  
Blogger pp said...

Oi Claudia, como vieste cá parar não interessa, "feel free to hang around"...
Relativamente ao assunto em questão :), eu compreendo o que tu dizes, compreendo o teu ponto de vista e aceito embora tenha uma opinião propria, são as minhas experiencias que fazem com que tire estas conclusões mas tambem tenho noção de que, o que falamos aqui é, ou pode ser muito mais do que a minha experiencia.
Comentários como o que já ouviste, são mato em pessoas que não aceitam que outras podem ser diferentes e felizes assim...o que pode ser menos bom não são os comentários mas o que isso nos afecta.
Eu acho que para gostar de alguem temos que estar predispostos a...pode surgir de uma paixão ou não...nestas coisas não há regras, mas acima de tudo temos que nos desprender do passado e não deixar que as coisas boas que vivemos nos prendam a esse passado. Aceitar o nosso passado. É necessário ultrapassar e abrir o nosso coração para o mundo dos sentimentos, eu não tenho medo de enfrentar os meus medos tenho é medo de não os conseguir identificar com clareza.
Porque é que tem que ser amor para toda a vida?Na minha opinião, para toda a vida só existe o amor dos nossos pais...vive um dia de cada vez.
Se calhar restringes o teu viver em deterimento de algo que podes nunca encontrar e os anos vão passando e não vais vivendo...não vives experiencias que te podem mostrar novos sentimentos(mesmo que ao principio possam não se revelar logo) ou formas de sentir, retrais-te...
Eu não acho que hajam sentimentos iguais...aceito as coisas boas e más que vivi e vou tentando viver mais e sobreviver menos.Uma vez uma amiga aqui dos blogs disse-me, "you can live the life you like or you can like the life you live", mas para isso é preciso tirar todos os "nós cegos" do nosso cerebro para podermos identificar bem as nossas emoções, e vivermos de acordo com o que sentimos.
Desculpa me a mim este testamento, mas apeteceu-me. :)
Beijo

23 março, 2007 11:02  
Blogger Cláudia said...

Impressionante...tinha escrito um texto enorme e não publiquei...
Sim, distraida é o meu nome do meio...
Bem, vou ver se consigo ser mais sucinta (pq o sono, não dá treguas).
Então comecei o outro comentário, mais ou menos assim:

Confesso que vim à procura de uma resposta e fiquei contente por a ver :)
Pedes desculpa pelo testamento...não o faças, a casa é tua :) e mesmo que não fosse, não tinhas que pedir desculpa.

Tens razão no que dizes.
Mas deixa-me que te diga, que eu não estou parada no tempo, enquanto não encontro o certo, vou-me divertino com o errado...ehehehe

Já deixe de fazer comparações com o passado, isso sim, era um erro que fazia sistematicamente.
Mas já me deixei disso, não há uma pessoa igual...Até há um ditado mt giro, mas eu agora n me lembro como é.

Já me "abri" mais ao mundo, estou numa de descobertas...

Gostei da frase da tua amiga, diz tudo...

Bem, isto não era nem metade do que tinha escrito... Mas vai ter que ficar só assim...
O dia de amanhã vai ser duro, e eu ja devia estar na camita :)

OBrigada por me teres respondido, e obrigada pela forma como escreves...
Gosto d teu ponto de vista, gosto como escreves :)

Beijo e boa semana de trabalho (sim, eu sei que isto não se deseja a ninguem...mas pronto).

(Um pequeno aparte, tinha ideia que tinha visto no teu perfil que eras do Porto, mas afinal enganei-me... )

26 março, 2007 00:14  
Blogger pp said...

Claudia,
uma coisa é a malta divertir-se com o "errado" mas de coração aberto, sem nos fecharmos em nós proprios, i.e., uma coisa é tu iniciares algo com alguem já com o pressuposto que não é aquela pessoa. Outra é iniciares uma relação com alguem em que, apesar de não sentires uma paixão avassaladora, as coisas podem acontecer.
Quando dizes, "divertir-me com o errado", a mim soa-me mais a "Este não é o que já tive...logo não tem hipotese", porque é que o "errado" não se pode tornar no "certo"?
Beijinho
PS-Sim é verdade enganaste-te :))

26 março, 2007 14:29  
Blogger Cláudia said...

Não podias estar mais certo.
Eu bem tento dar a volta, mas inevitavelmente, acabo por te dar razão.

Quando digo que "divirto-me com o errado", não estou à partida a dizer que são obrigatoriamente errados.
Claro, que só depois é que me apercebo.
Para te dar uma ideia, em Dezembro, conheci uma pessoa, e gostei, achei-lhe uma certa piada e até fiquei entusiasmada.
Mas depois de sair umas quantas vezes, acabei por perder a "pica".
Não sei se foi propositadamente... mas o que é certo, é que nem olhar para os olhos dessa pessoa eu conseguía.
Acho que sou claramente, um caso clínico :)

Preciso claramente, de me abrir ao mundo, como tão bem dizes...
Mas ach que preciso de ir ao fundo da questão... e não sei qual é a volta a dar...
Enfim...
Vamos lá a ver.
Mas acredita, que esta troca de ideias, está a ajudar.
Mais uma vez obrigada.
Espero que os honorários não sejam muito caros...
Acho que me vou tornar "cliente" assidua :)
Beijo

26 março, 2007 22:28  
Blogger pp said...

Claudia,
não sei se estou certo, é simplesmente a minha opinião baseada nas experiencias que vivi, atraves de mim ou atraves de outras pessoas.
Pois mas isso de perder a pica pode acontecer, digo eu, tambem não tens que gostar da primeira pessoa com que te cruzas, ou não? :)
Não sei se será caso de patologia(Não sou medico), mas psicoterapia ajuda muito.Eu sou a favor.
Teres essa precepção, é muito bom, agora concretiza :)
Claudia, aqui tudo é de borla, para trocar ideias e partilharmos experiencias é que nós estamos cá :).
Beijinho :)

27 março, 2007 00:16  

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