quarta-feira, março 28, 2007

Com o passar do tempo...

...penso se: não nos vamos fechando cada vez mais em nós próprios e se não seremos egoístas no que diz respeito à entrada de outras pessoas na nossa vida.
Talvez seja a elevada exigência a que muitas vezes submetemos a outra pessoa, ou a falta de abdicar do que vamos adquirindo com a vivência da solidão(Falo de sentimentos não da parte física), ou simplesmente talvez tudo se confunda com os medos que temos de arriscar ou de sofrer por situações do passado das quais não queremos ou não nos conseguimos libertar, ou então, simplesmente passamos a estar tão bem sozinhos que não vemos nem temos necessidade de mais nada, acabando por viver assim uma vida inteira.
Num mundo e numa sociedade que estimula a interdependência nas relações, será a solidão e o isolamento compatível com o bem-estar de alguém.
Há um ditado que diz: "Quem muito escolhe pouco acerta...", eu concordo, em parte, mas também se calhar, quem não escolhe é um conformado, ou não?
Talvez a diferença esteja na palavra do ditado, "muito" e tenha que haver um equilíbrio entre o "escolher" e o "conformado".

16 Comments:

Blogger Rosa said...

Ou talvez seja só porque sim. Porque cada pessoa é diferente e quer coisas diferentes da vida.
:)*

28 março, 2007 20:44  
Blogger pp said...

Sim Rosinha, talvez, ou talvez seja eu a tentar arranjar uma explicação para uma situação especifica.
Bijou

29 março, 2007 10:49  
Blogger [Ariana Aragão] said...

Às vezes vejo aquelas miudas idiotas, platinadas, com imenso ar no cérebro, com toda aquela felicidade e leveza estampada no rosto e penso por breves momentos: "Gostaria de ser menos exigente!", mas passa-me logo.

E não me arrependo de ser assim.

29 março, 2007 13:19  
Blogger pp said...

ariana luna, e fazes muito bem :)
Beijinho

29 março, 2007 14:43  
Blogger Anna^ said...

As pessoas não se regem pelos mesmos parâmetros;por isso é que por vezes viver em sociedade é complicado.

beijo

29 março, 2007 14:53  
Blogger pp said...

Anna^,
pois se calhar é isso :)
Bijou

29 março, 2007 15:25  
Anonymous Anónimo said...

Acho que barramos a entrada de outras pessoas na nossa vida porque elas não nos despertam interesse suficiente, não por egoísmo nem por isolamento.

Elevada exigência a que submetemos a outra pessoa? Exigência? Porque?
Somos mais do que os outros?
Somos exigentes porque queremos que ela seja uma pessoa que ela não é?

Qual a parte física da solidão? Masturbação? Ou chamemos-lhe auto-sexo?

Sofrer com situações do passado?
Só se houver uma recaída e a outra personagem seja a mesma da história passada. Se assim não for, a história não se repete... e mesmo que as personagens fossem as mesmas, as pessoas mudam.

Estar bem sozinho? Quem vive sozinho? Completamente isolado?
Tu?
Não me parece.

Viver uma vida inteira assim implicaria não se ter tido uma única relação...

Escolher... acho que não se trata de uma escolha. Mas sim de um cruzar de caminhos. De um click.

Porque é que as pessoas tentam justificar o facto de estarem sozinhas com egoísmo, solidão, uma escolha pessoal, porque não aceitam o facto de ainda não se terem cruzado com uma pessoa de tal forma especial que faça esquecer medos, egoísmos, exigências e solidão...
Vamo-nos conformar com algo que não nos encha as medidas?
Ou vamos escolher como se tivessemos uma lista de pré-requisitos a preencher?

O segredo está em aceitarmo-nos da maneira que somos e aceitar os outros com a sua maneira de ser e de estar.

Não consigo ver no teu post uma ideia com princípio, meio e fim.
Talvez estivesse na hora de falares apenas por ti.
"Com o passar do tempo penso se: não me vou fechando cada vez mais sobre mim..."

29 março, 2007 22:52  
Blogger pp said...

anonimo,
neste post ao falar no plurar e ao estar a pôr as pessoas todas no mesmo "saco", estou simplesmente a falar de mim, foi um erro de expressão.
No entanto não concordo quando dizes "elas não nos despertam interesse suficiente...", na minha opinião não é bem assim e cada pessoa será uma pessoa(acabas por cair no mesmo erro que eu, que é de alguma forma generalizar)

Quando falo de exigencia, é a exigencia baseada no que já vivemos, na "fasquia" do nosso ideal de pessoa.Lá está de como nós a idealizamos ao nosso lado.

Quando falava em solidão dos sentimentos era no sentido de podermos ter sexo todos os dias, sem ser auto, e podemos estar sempre rodeados de pessoas e no entanto sentirmo-nos sozinhos, não preenchidos.

Quando digo sofrer com situações passadas, é não conseguir ultrapassar certas rupturas, em relações anteriores.

É claro que completamente sozinhos nunca vivemos, e quando dizes cruzar de caminhos, é uma opinião e de alguma forma tambem acredito nisso.

Quantas pessoas assim tão especiais é que pensas que passam assim pela vida de cada um?O que é que atribui a essa pessoa um determinado grau de "especialidade" na vida de cada um?
Cabe a cada um decidir isso, ou não?Baseado em quê?Cada um saberá de si, não?

Estarás tu a aceitar-me como sou ao dizeres tudo isto?

Não sei se tiveste oportunidade de ler os dois primeiros comentários a este post.
No 1º, simples e que diz tudo.(Isso para mim é aceitar as pessoas como elas são).
No 2º, admito que estou a tentar arranjar explicação para uma situação especifica.

Porque não te identificaste?Porque não assumir a tua posição?
Eu pelo menos não me escondo atras do anonimato, sou como sou, umas vezes mais perdido do que encontrado, mas assumo, sou assim, quem gosta gosta, quem não gosta mete na borda do prato(mas já fui bem menos). Há coisas que só se aprendem com a Acho que isto é um bom grau de aceitação para com a minha pessoa.
Alem disso eu não mordo :) e aceito e aprecio uma critica(estimula-me o pensamento quando construtiva), não gosto que me digam sempre "amen".

30 março, 2007 12:08  
Anonymous Anónimo said...

Não me pareceu que aceitaste a minha opinião.
Bem pelo contrário, tentaste refutá-la de todas as formas.

Acho que não percebeste nada do que eu te disse.
E eu não caí no mesmo erro que tu, bem pelo contrário.
Eu acredito que podem passar várias pessoas especiais na nossa vida. Ou então sou eu que tenho sorte e sou menos exigente (se é que isto é possível, ser-se exigente... eu não acredito).
E pode-se sentir interesse por diferentes pessoas por razões diferentes.

Esse ideal de pessoa é que estraga tudo.
Ideal baseado em quê? Noutras pessoas? Está errado.
Quando se está sozinho, se é que é o teu caso, é porque as relações anteriores não resultaram...
Isso normalmente é que não deixa avançar.

E eu apenas dei a minha opinião. Se o teu blog permite comentários anónimos, acho que deve ser possível fazê-lo ou não?
E isto não tem nada a ver com o gostar ou não da tua pessoa ou colocar ou não na borda do prato.
Acho que estás a confundir tudo.
Eu comentei um post.
Se ao comentar o post, acabei por comentar a tua pessoa... foste tu que te sujeitaste.
E eu não tenho de te aceitar de forma alguma.
Apenas comentei.

30 março, 2007 12:36  
Blogger pp said...

Eu aceitei a tua e não refutei, simplesmente tenho a minha opinião e argumentei.
De qualquer maneira não te parece que ao dizeres que a refuto, te estas a colocar num plano superior e que consideras que a tua é que está certa?Onde é que está aqui a aceitação de que outros podem ser diferentes?

Concordo com a tua frase :
"...pode-se sentir interesse por diferentes pessoas por razões diferentes."

Quando falo de ideal, falo do que nos é transmitido atraves da nossa educação, da nossa sociedade.Ou vais dizer me que durante a tua adolescencia/juventude, não criaste ideais?Que com o tempo se podem ou não dissipar?

O que é que não deixa avançar?O facto de não ter resultado?O que consideras "resultado"?Duas pessoas não podem ter cruzado os seus caminhos e depois decidir terminar uma relação, porque é que nestes casos dizes que não resultou?O que é resultar para ti, é o amor para toda a vida?Porque é que não é resultar enquanto ambos quiserem?

Quanto á tua opinião:
Claro que aceito, mas gosto de argumentar e de conhecer opiniões diferentes, por isso te respondo.

Então tem a ver com quê?Porque te dás ao trabalho de comentar no blog de uma pessoa com a qual não te identificas?(independentemente de eu saber que, ainda assim tens o direito de o fazer)

Não tens que me aceitar, é um facto.

30 março, 2007 15:19  
Anonymous Anónimo said...

Tu só comentas em blogs de pessoas com que te identificas? Mas identificar com o quê se na maior parte das vezes nem se conhece quem está do outro lado.
Li o teu post e apeteceu-me comentar. Qual é o teu problema?
Não posso ser diferente de ti? E comentar o que me apetecer?

Aceitação dos outros serem diferentes?
Lá estás tu a bater na mesma tecla... E que tecla tão chata.
Na prática o que é isso?
Acho que escreves coisas que não consegues passar para o teu dia-a-dia. Muita teoria.

Plano superior?
Em que mundo é que tu vives?
A minha opinião por ser a minha é a que está certa para mim.
Não a considero superior a nenhuma, apenas diferente.
Respondeste como se o meu comentário fosse um ataque e não o aceitaste como uma opinião bem diferente da tua.

Não acredito que existe um ideal.
E não, não criei.
Ah! Sou diferente de ti.
Que coisa tão estranha.
Ideal dado pela educação? Estou a imaginar os teus pais quando eras pequenino: tu quando fores grande vais gostar de loiras, olhos verdes e que saiba fazer contas de somar".
Ideal dado pela sociedade??? Queres namorar com uma top-model?
Tu és estranho! :)

Resultar para mim é quando estamos com alguém e não precisamos de pensar se ele preenche os pré-requisitos do nosso ideal, basta sentir. E aí, meu amigo, não há exigências nem solidão nem isolamento. Não se tiveres de corpo e alma na relação.
Se calhar talvez não saibas o que é isso. Porque pela tua maneira de "escrever" as tuas relações anteriores não resultaram e vocês resolveram calmamente e sem sofrimento seguir cada um o seu caminho. Coisas superficiais. É com essa ideia que fico.
E sim resultar, enquanto os dois quiserem. Isso sempre!
Mas isso de que falas não é amor. É estar com alguém...

Um bom fim-de-semana

30 março, 2007 16:47  
Blogger pp said...

Eu acho que a tendencia é para comentar em blogs em está algo escrito com o qual nos identificamos, mas isso é só a minha opinião.
E não tenho nada contra tu comentares aqui ok :)

Então mas não me conhecendo no meu dia a dia, como é que sabes se transponho para lá ou não, o que escrevo?

Porque é que dizes que assumi que fosse um ataque, eu só argumentei o porquê de discordar com algumas coisas do que tu dizias.

Sim ideais, tu achas que és o produto do quê?Na minha opinião nós somos(uma grande parte mas não tudo) o que os teus pais te transmitiram, não me digas que ninca tiveste um poster colado na parede do teu quarto com um cantor, ou uma coisa coisa qualquer assim deste genero.

Basta sentir, sim, mas o que eu digo é que hás vezes o que passamos na vida não nos permite identificar com clareza esse sentir essas emoções.
Pois se calhar não sei o que isso é isso pode ser verdade.
No entanto as minhas relações anteriores não são aquilo que tu imaginas :)
Pois para ti se calhar não é amor, mas para outras pessoas pode ser, porque não?

Bom fim de semana para ti tambem, eu cá vou até à invicta :)

30 março, 2007 17:29  
Blogger pp said...

às e não hás

30 março, 2007 17:31  
Anonymous Anónimo said...

Nunca tive um poster colado nas paredes do meu quarto! :)

Boa viagem.

PS - se fosse amor, não estavas com estas conjecturas todas. Simples!

PS1 - Por isso digo que comentei o post que li e não outra coisa.
Já estou com a cabeça a andar à roda. Andamos sempre à volta do mesmo...

PS2 - Os meus pais nunca opinaram sobre o que eu deveria gostar ou de quem. Sempre me deram liberdade para escolher amigos e namorados.
Em tua casa deve ser regime militar. Ahahahahaha!

30 março, 2007 17:40  
Blogger pp said...

PS - Sim, simples de sentir, impossivel de explicar...

PS1 - LOOOOOOOOOOL, não vale a pena mulher

PS2 - Não era nesse sentido que estava a falar...LOOOOOL. Estava a falar das influencias...

01 abril, 2007 23:23  
Blogger Elsa said...

lol.... bem! esta conversa com o teu "anónimo" foi demais...
um beijo enorme...
e não escolhas muito ;o))
ehehehe...

10 abril, 2007 14:17  

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